Investimentos do Banco do Nordeste na agricultura familiar maranhense aumentam em 23% em 2020
O volume de recursos chegou a R$ 246 milhões aplicados em mais de 47,5 mil operações com agricultores
Com 15 anos de existência, o Programa de Microfinança Rural do Banco do Nordeste, o Agroamigo, coleciona milhares de histórias de transformação em empreendimentos rurais alcançados com a ajuda de financiamentos acompanhados e orientados. No Maranhão, agricultores familiares tiveram aumento de 23% no volume de recursos recebidos até outubro deste ano por meio da instituição financeira, se comparado ao mesmo período de 2019. Foram financiadas mais de 47,5 mil operações de crédito, superando R$ 246 milhões aplicados.
O crescimento registrado no volume de financiamentos no Estado revela a importância dos recursos para amenizar as dificuldades geradas pela crise sanitária que atingiu todos os setores e segmentos da economia. Especialmente no campo, com um formato pioneiro de microcrédito produtivo e orientado por agentes de crédito, o Agroamigo atua na potencialização das atividades produtivas de agricultores e agricultoras familiares, enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
“Por meio da atuação dos agentes de crédito, estamos levando recursos para mais perto dos agricultores familiares maranhenses, potencializando sua capacidade produtiva e auxiliando na melhor aplicação dos valores financiados, a fim de gerar rentabilidade e significativa melhoria na qualidade de vida. Somente este ano, aumentamos em 20% a quantidade de operações contratadas, com crédito subsidiado, o que amplia as condições de lucratividade, transformando a realidade de milhares de produtores rurais no Maranhão”, destacou o superintendente estadual do Banco do Nordeste no Maranhão, Danivan Borges Lacerda.
Este é o caso, por exemplo, do produtor rural Cássio de Sousa, de 22 anos, cuja família é dona de uma pequena propriedade familiar no município de Paraibano, interior do Maranhão. Atendidos pelo Agroamigo há mais de uma década, Cássio conta que se inspirou na história dos seus pais para tirar da terra o seu sustento e encontrou no apoio do Banco do Nordeste as condições para ver o empreendimento crescer. “Com a ajuda do Agroamigo, há mais de 10 anos, a minha família mantém a nossa produção familiar que gera o nosso sustento. Com investimentos que fizemos pelo Banco do Nordeste, conseguimos aumentar a nossa capacidade de produção, instalar irrigação em quase toda a área, comprar equipamentos e aumentar muito nossas vendas. Espero que essa parceria continue por mais décadas, porque pretendo continuar vivendo da produção da nossa terra, que é um trabalho que me deixa muito feliz”, afirmou o agricultor.
Na região de Balsas, sul do Estado, a agricultora Helena Oliveira também mantém sua produção de hortaliças, raízes, tubérculos e frutas com apoio do Agroamigo, há mais de 7 anos. Dona Helena conta que com o crédito já conseguiu ampliar a área de cultivo, organizar a comercialização, adquirir máquinas e equipamentos, e transformar a vida da família.
“Antes, eu tinha só canteiros pequenos, que eu molhava com baldes. Com a ajuda do Agroamigo, eu consegui investi e tenho minha irrigação automatizada, com motor, já ampliei a minha área de plantação, e tenho desenvolvido muito. Já até pude construir minha casa linda e maravilhosa. Eu não canso de indicar o Agroamigo para as pessoas aqui da minha comunidade, porque todo mundo só tem ganhado com essa parceria. Sou muito grata por terem olhado por nós, pequenininhos aqui do interior”, compartilhou dona Helena.
Em toda a área de atuação do Banco do Nordeste – Região Nordeste e nortes dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, já foram realizadas 462,8 mil operações com o total de total de R$ 2,3 bilhões aplicados, em 2020.
Beneficiários
O Agroamigo do Banco do Nordeste objetiva melhorar o perfil socioeconômico dos produtores rurais enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), levando crédito orientado aos agricultores familiares que desenvolvam atividades geradoras de renda no campo ou em aglomerado urbano próximo, sejam agrícolas, pecuárias ou outras atividades não agropecuárias no meio rural, como turismo, agroindústria, pesca, artesanato e serviços.
Desde sua criação, em 2005, o programa já investiu, R$ 19,5 bilhões, abrangendo mais de 5,5 milhões de operações. O programa mantém 1,3 milhão de clientes ativos e volume de recursos ativo de R$ 4,8 bilhões.