AGRICULTURA FAMILIAR NO NORDESTE DO BRASIL: UM RETRATO ATUALIZADO A PARTIR DOS DADOS DO CENSO AGROPECUÁRIO 2017

Autores

  • Joacir Rufino de Aquino Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - Curso de Economia (Campus de Assú)
  • Maria Odete Alves Banco do Nordeste do Brasil (BNB) / Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (ETENE)
  • Maria de Fátima Vidal Banco do Nordeste do Brasil (BNB) / Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (ETENE)

DOI:

https://doi.org/10.61673/ren.2020.1271

Palavras-chave:

Agricultura Familiar, Desenvolvimento Regional, Nordeste

Resumo

O objetivo do presente artigo é analisar a importância e as características socioeconômicas da agricultura familiar da Região Nordeste do Brasil no final da segunda década do Século XXI. Para tanto, utiliza dados recentes do Censo Agropecuário 2017, adotando como critério metodológico o recorte da Lei da Agricultura Familiar. A despeito da grave seca que atingiu a região entre 2012-2017, o texto mostra que a agricultura familiar representa a maioria dos estabelecimentos rurais nordestinos, gera ocupação para mais de 4,7 milhões de pessoas, responde por parcela importante da oferta local de alimentos e contribui diretamente para o dinamismo da economia dos municípios da Região, movimentando mais de R$ 32 bilhões em 2017. Contudo, uma parcela expressiva do segmento ainda é muito pobre e tem o seu potencial produtivo bloqueado por “múltiplas carências de ativos” (acesso precário a terra, a educação formal, a assistência técnica, a tecnologias produtivas etc.). Nesse contexto, a articulação de políticas públicas voltadas ao fortalecimento da base de ativos dos agricultores familiares, com foco na geração de ocupação e renda, se constitui em uma ação estratégica para o combate à pobreza e a promoção do desenvolvimento regional.

Biografia do Autor

Joacir Rufino de Aquino, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - Curso de Economia (Campus de Assú)

Economista filiado ao CORECON-RN, graduado em Economia pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (2000) e Mestre em Economia Rural e Regional pela Universidade Federal de Campina Grande (2003). Atualmente é Professor Adjunto IV na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Campus de Assú) e Sócio-Efetivo da Academia Assuense de Letras (AAL). Foi agraciado com o Título de Economista do Ano 2016 pelo CORECON/RN e é Representante Regional da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (SOBER) no Nordeste (Gestões 2017-2019; 2019-2021). Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia Rural e Regional, atuando nos seguintes temas: agricultura familiar e desenvolvimento rural, avaliação de políticas públicas, financiamento rural, políticas sociais para o campo, pobreza rural e meios de vida (rural livelihoods), economia do Nordeste semiárido, desenvolvimento econômico e meio ambiente, socioeconomia do Rio Grande do Norte e da microrregião do Vale do Açu. Participa, como pesquisador, dos seguintes grupos de pesquisa: Gestão do Território e Desenvolvimento Regional (UERN), Desenvolvimento Regional: agricultura e petróleo (UERN), Laboratório de Estudos Rurais (UFRN) e Grupo de Estudos e Pesquisas Agricultura, Alimentação e Desenvolvimento (GEPAD) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. E-mail: joaciraquino@yahoo.com.br.

Maria Odete Alves, Banco do Nordeste do Brasil (BNB) / Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (ETENE)

Possui graduação em agronomia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), mestrado em Administração e Desenvolvimento Rural pela Universidade Federal de Lavras e doutorado em Desenvolvimento Sustentável pelo Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) / Universidade de Brasília (UnB). Pesquisadora do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (ETENE)/Banco do Nordeste do Brasil S/A. Compõe os grupos de pesquisadores da Rede Clima e do Laboratório de Estudos Aplicados em Desenvolvimento Regional do Semiárido - LEADERS (UFC-Cariri). Tem experiência nas áreas de Desenvolvimento Rural Sustentável com ênfase no Seimárido Nordestino e nos temas Agricultura Familiar, Pluriatividade e Recursos Comuns.

Maria de Fátima Vidal, Banco do Nordeste do Brasil (BNB) / Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (ETENE)

Possui graduação em AGRONOMIA pela Universidade Federal do Ceará (1999) e mestrado em Economia Rural pela Universidade Federal do Ceará (2002). Atualmente é pesquisadora do Escritório de Estudos Economicos do Nordeste (ETENE) - Banco do Nordeste do Brasil S/A. , atuando principalmente na área de estudos setoriais. 

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Publicado

2020-07-31

Como Citar

Aquino, J. R. de, Alves, M. O., & Vidal, M. de F. (2020). AGRICULTURA FAMILIAR NO NORDESTE DO BRASIL: UM RETRATO ATUALIZADO A PARTIR DOS DADOS DO CENSO AGROPECUÁRIO 2017. Revista Econômica Do Nordeste, 51(Suplemento Especial), 31–54. https://doi.org/10.61673/ren.2020.1271