Artigos

Voltar Pequenas empresas podem inovar, sim!

Por: Demóstenes Moreira de Farias*

Voltamos a tratar aqui da inovação, tema que está na pauta e está se tornando quase “obrigatório” para a sobrevivência e para o crescimento das empresas, já que contribui para a produtividade, a competitividade e, consequentemente, para os resultados efetivos do negócio.

E quanto às pequenas empresas, essas podem inovar? Considerando que se ouve falar muito mais da inovação da modalidade disruptiva, que revolucionou a conveniência das pessoas, como o Waze ou o Uber, muitos empreendedores devem pensar que inovar é só para empresas grandes ou startups. Mas, enquanto esses casos de sucesso se contam nos dedos, há milhões de pequenas empresas que bem poderiam praticar ações inovadoras na modalidade incremental.

Outro aspecto que os empreendedores de pequenos negócios podem superar é o dos custos envolvidos, pois se as iniciativas inovadoras forem bem pensadas e bem planejadas, os custos podem ser controlados.

Então, veremos que é possível, sim, às pequenas empresas, inovarem. Resta saber, então como fazer na prática.

Primeiro, é importante interpretar as mudanças de mercado, das tecnologias e das mudanças de hábitos dos consumidores. É necessário criar a cultura da inovação nas equipes da empresa e colocar o cliente no centro das atenções; entregar o que ele quer e precisa, atender às suas necessidades da maneira mais satisfatória possível, evitando ou eliminando desgastes, para que o cliente consuma mais produtos e com maior frequência, aumentando o ticket médio e buscando tornar duradouro o relacionamento negocial.

Vale lembrar que as melhorias contínuas de um produto podem acabar resultando em um produto superior ao da concorrência. As ações inovadoras podem ocorrer na criação de produtos inédito, e  também em parcerias inusitadas, no aprimoramento dos processos, na gestão, no aumento da produtividade ou no alcance de novos mercados; na facilidade e conveniência, na forma de atender, de entregar, na qualidade, na prontidão e a um custo menor. Ampliar a comunicação com o cliente via internet – incluídas as redes sociais, na direção da digitalização. O delivery já é quase obrigatório para a conveniência do cliente.  Vale lembrar que a boa experiência do cliente o faz voltar a comprar e até pagar mais se o produto ou serviço forem diferenciados. Afinal, a razão pela qual a empresa decidiu atuar nesse negócio é porque sabe fazer  bem e se  propõe a fazer cada vez melhor em sua atividade.

Registre-se que, para se  configurar como “valor”, é necessário que as ações inovadoras sejam reconhecidas como tal pela ótica cliente. E, no final das contas, será fundamental observar se o esforço das iniciativas estão efetivamente contribuindo para incrementar os resultados do negócio.

(*) Professor Mestre de Marketing Estratégico e Estratégia Empresarial. Graduado em Administração, XBA Exponential Business Administration, MBA em Marketing, Mestre em Avaliação de Políticas Públicas. Gerente de Negócios do Ambiente de MPE do Banco do Nordeste.