UM ESTUDO SOBRE AS POTENCIALIDADES SETORIAIS NO SEMIÁRIDO BAIANO ENTRE 2010 E 2020
DOI:
https://doi.org/10.61673/ren.2025.1694Palavras-chave:
Bahia, Potencialidades econômicas, Vantagem Competitiva, Especialização, Economia regional.Resumo
Cerca de dois terços dos municípios baianos fazem parte da região do semiárido, cuja área representa mais de 80% do Estado. Os municípios desta região apresentam menores níveis de desenvolvimento econômico e social quando comparados com as demais cidades da Bahia. Assim, é fundamental pensar em alternativas para o desenvolvimento destes municípios. Portanto, o objetivo deste artigo é identificar setores de atividades com potencialidade de crescimento e geração de emprego na região. Para tanto foram utilizados dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com vistas a caracterizar as potencialidades econômicas dos municípios a partir da combinação de três técnicas: análise shift-share; de componentes principais e de clusters. Foi possível identificar algumas regiões do semiárido com potencialidades no desenvolvimento, principalmente, das seguintes atividades: Mineração, Indústrias intensivas em trabalho de baixa qualificação, Serviços Turísticos e Agropecuária. Ademais, indicadores de urbanização e localização, utilizados no estudo, foram úteis na caracterização das potencialidades e dos gargalos para o desenvolvimento dos setores classificados como dotados de vantagem competitiva e especializados.
Downloads
Referências
ABAPA - ASSOCIAÇÃO BAIANA DOS PRODUTORES DE ALGODÃO. Relatório de safra: algodão – safra 2020-2021. Disponível em: https://abapa.com.br/wp-content/uploads/2022/01/ relatorio-fechamento-2020-2021.pdf. Acesso: em 13 mar. 2023.
ASA - ARTICULAÇÃO SEMIÁRIDO BRASILEIRO. Semiárido. 2024. Disponível em: https://www.asabrasil.org.br/semiarido. Acesso em: 30 jan. 2024.
BARBIERI, A. F. et al. Climate change and population migration in Brazil’s Northeast: scenarios for 2025–2050. Population and environment, v. 31, p. 344-370, 2010.
BETARELLI, A. A.; SIMÕES, R. F. A dinâmica setorial e os determinantes locacionais das microrregiões paulistas. Economia Aplicada, v. 15, n. 4, p. 641-67, 2011.
BRANCO, D.; FERES, J. Weather Shocks and Labor Allocation: Evidence from Northeastern Brazil. In: INTERNATIONAL CONFERENCE OF AGRICULTURAL ECONOMISTS, 30th, 2018, Vancouver, British Columbia, n. 277736.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho. Relação Anual de Informações Sociais (RAIS): 2010, 2015, 2020 e 2021. Brasília, DF, 2021.
BROWN, H. J. Shift and Share projections of regional economic growth: an empirical test. Journal of Regional Science, v. 9, n. 1, 1969.
BRUECKNER, Jan K. Lectures on urban economics. London: The MIT press, 2011.
CHRISTALLER, W. Central places in southern Germany. New Jersey: Prentice-Hall, 1966.
CBPM - COMPANHIA BAIANA DE PESQUISA MINERAL. Bahia é o maior produtor de diamantes do país. CBPM, 21 janeiro, 2022. Disponível em: www.cbpm.ba.gov.br/bahia-e-o-segundo-maior-produtor-de-gemas-do-pais/. Acesso em: 30 jan. 2024.
DA MATA, D.; RESENDE, G. Changing the climate for banking: the economic effects of credit in a climate-vulnerable area. Journal of Development Economics, v. 146, p. 102459, 2020.
DELAZERI, L. M. M.; DA CUNHA, D. A.; COUTO-SANTOS, F. R. Climate change and urbanization: Evidence from the semi-arid region of Brazil. Revista Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos, v. 12, n. 2, p. 129-154, 2018.
DINIZ, C. C. A Busca de um Projeto de Nação: O Papel do Território e das Políticas Regional e Urbana. Revista EconomiA, Selecta, Brasília (DF), v.7, n.4, p.1–18, dezembro 2006.
ESTEBAN-MARQUILLAS, J. M. A reinterpretation of shift-hare analysis. Regional and Urban Economics, v. 2, n. 3, p. 249-55, 1972.
FÁVERO, L. P. L. et al. Análise de dados: modelagem multivariada para tomada de decisões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
FUJITA, M.; KRUGMAN, P.; VENABLES, A. Economia espacial: urbanização, prosperidade econômica e desenvolvimento humano no mundo. São Paulo: Futura, 2002.
______. The Spatial Economy: Cities, Regions and International Trade. MIT, Massachusetts, 1999.
GARCIA, P. M. P. A Província Cuprífera do Nordeste Meridional: Evolução dos Processos e Modelos Metalogenéticos. 2017. Tese (Doutorado em Geologia) – Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia. Salvador, 2017.
HADDAD, P. R (Org.). Economia regional, teorias e métodos de análise. Fortaleza: BNB/Etene, 1989.
HENDERSON, J. V. The sizes and types of cities. America Economic Review, 64, p. 640-656, 1974.
HOOVER, E. M.; GIARRATANI, F. An introduction to regional economics. The Web Book of Regional Science, Regional Research Institute, West Virginia University, 1984.
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA BRASIL. Censo Demográfico, 2010. Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em: 13 mar. 2023.
______. Produção Agrícola Municipal, 2021. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/ economicas/agricultura-e-pecuaria. Acesso em: 13 mar. 2023.
______. Painel de Indicadores. Rio de Janeiro: 2022. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/ indicadores.html?view=default. Acesso em: 13 mar. 2023.
LACERDA, F. C. C.; PESSOTI, G. C.; JESUS, J. A. Transformações estruturais, (des)concentração espacial e inserção internacional: Uma análise para a economia baiana com base na teoria da base produtiva. Nexos Econômicos, v. 7, n. 1, p. 141-178, 2013.
LOSCH, A. The economics of location. Yale U. P., New Haven, 1954.
MERELLES, A. E. F.; SANTOS, J. P. C. A dinâmica do setor de serviços na Bahia e seus impactos sobre os municípios e o mercado de trabalho entre os anos de 2006 e 2015. Bahia Análise e Dados, v. 27, n. 2, p. 87–103, 2017.
OLIVEIRA, J.; PALIALOL, B.; PEREDA, P. Do temperature shocks affect non-agriculture wages in Brazil? Evidence from individual-level panel data. Environment and Development Economics, v. 26, n. 5-6, p. 450-465, 2021.
OLIVEIRA, J.; PEREDA, P. The impact of climate change on internal migration in Brazil. Journal of Environmental Economics and Management, v. 103, p. 102340, 2020.
OLIVEIRA, R. C. Estrutura do emprego e decomposição do crescimento econômico das microrregiões da Bahia no período 2000-2010. Planejamento e Políticas Públicas, n. 43, 2014.
PESSOTI, F. C. C.; PESSOTI, G. C. Panorama Econômico da Bahia no Século XXI. BNB Conjuntura Econômica, Edição Especial, 2019. Fortaleza: Banco do Nordeste do Brasil, 2019.
PESSOTI, G. C.; DA SILVA, D. V. Análise dos ciclos econômicos da Bahia entre 1975 e 2010. Revista Desenbahia, n. 15, 2011.
PONSARD, C. History of spatial economic theory. Springer-Verlag, 1983.
ROSENTHAL, S. S.; STRANGE, W. C. Evidence on the nature and sources of agglomeration economies. In: Handbook of regional and urban economics. Elsevier, p. 2119-2171, 2004.
RIBEIRO, C. S.; PEREIRA, R. M.; OLIVEIRA, G. G. Estrutura produtiva do semiárido baiano: uma análise insumo-produto. Cadernos De Ciências Sociais Aplicadas, v. 18, n. 31, p. 296-314, 2021.
SANTOS, J. P. C.; SILVA, K. M.; PEREIRA, S. B. M. Interiorização produtiva e novos vetores de crescimento econômico na Bahia. Bahia Análise & Dados, Salvador, v. 26, n. 1, p. 109-119, jan./jun. 2016.
SILVA, K. C. M.; SOUSA FILHO, J. F.; CAIRES, F. O. C.; SILVA, D. L. G. Produtividade do Trabalho e Economias de Aglomeração: Evidências para o Estado da Bahia. Revista Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos, v. 14, n. 4, p. 657–689, 2020.
SUDENE - SUPERINTENDÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE. Resolução CONDEL/SUDENE n. 150, de 13 de dezembro de 2021. Disponível em: https://www.gov.br/sudene/pt-br/centrais-de-conteudo/resolucao1502021.pdf. Acesso em: 12 fev. 2023.
VON THUNEN, J. H. Isolated state: an english editon of der isolierte staat. Technical report, Oxford: Pergamon, 1966.
WANDERLEY, L. A.; SANTOS, N. C. A.; PORTUGAL, W B. Um estudo de dinamismos setoriais por mesorregiões do Estado da Bahia, no intervalo entre 2006 e 2012, através do modelo shift-share analysis. Nexos Econômicos, v. 8, n. 1, p. 81-122, 2014.
WEBER, A. Theory of the Location of Industries. University of Chicago Press, Chicago, 1929.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista Econômica do Nordeste

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.