AUXÍLIO EMERGENCIAL E SEU IMPACTO NA REDUÇÃO DA DESIGUALDADE E POBREZA
DOI:
https://doi.org/10.61673/ren.2025.1719Palavras-chave:
Auxílio Emergencial, Pobreza, RendaResumo
Este trabalho examina a importância do Auxílio Emergencial e seu impacto na redução da pobreza e desigualdade no Brasil. Através de análises estatísticas e gráficas complementares, o trabalho buscou destacar a amplitude e magnitude do Auxílio Emergencial enquanto política de transferência de renda focalizada que buscou assistir os menos favorecidos. Utilizando-se como base de dados a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD-COVID) de junho de 2020, observou-se que: (i) O Auxílio Emergencial beneficiou 49,5% da população brasileira; (ii) O Auxílio Emergencial contribuiu para a redução da extrema pobreza e da desigualdade de renda (redução do Gini e da razão p95/p5 em mais de 70%); (iii) Estados mais pobres apresentaram maiores impactos reforçando o caráter distributivo do Auxílio. Dado que os efeitos da pandemia não irão cessar no curto prazo, destaca-se a necessidade da continuidade do Auxílio Emergencial ou qualquer outro programa de renda que que se assemelhe a uma renda básica mínima, com a expansão de sua cobertura, permitindo assim a manutenção de uma política social e assistencialista focalizada nos menos favorecidos.
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