REDE DE FIRMAS E GOVERNANÇA: A FORD NA BAHIA
DOI:
https://doi.org/10.61673/ren.2002.1745Palavras-chave:
Economia Regional, Rede de Firmas, Governança, Indústria Automotiva, Complexo Metal- Mecânico, Crescimento Econômico, Nordeste, BahiaResumo
Este artigo examina como a nova concepção de produção na indústria automobilística cria uma complexa organização de firmas em rede, unindo empresas multinacionais e produtores locais, com uma bem definida governança. O relacionamento entre a governança exercida por empresas multinacionais em determinadas cadeias de suprimento e as estratégias de aprimoramento de firmas locais, visando participar de tais cadeias, tem recebido muita atenção na literatura recente. O objetivo deste artigo é contribuir para este debate, buscando respostas para três questões: Existem possibilidades para que a Bahia possa efetivamente viver uma nova dinâmica industrial, a partir dos efeitos multiplicadores gerados pelo Projeto Amazon da Ford, especialmente sobre o complexo metal-mecânico? Que oportunidades de negócios surgem para as empresas componentes desse complexo já instaladas no estado? Quais os desafios competitivos que estão postos para elas? A partir da análise do mencionado projeto e do levantamento de dados, junto aos fornecedores globais da Ford que se instalarão em Camaçari e às empresas do complexo metal-mecânico baiano, conclui ser necessária uma maior capacitação dessas últimas em termos produtivos, tecnológico e organizacional e da própria mão-de-obra local.