TAXA DE CÂMBIO, CRESCIMENTO E ESTABILIZAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.61673/ren.1998.2072Palavras-chave:
Taxa de Câmbio, Inflação, Dívida Externa.Resumo
Desenvolve um modelo macroeconômico com o objetivo de avaliar a influência da taxa de câmbio, simultaneamente, sobre o nível geral de preços, sobre a produção e sobre o endividamento externo causado pelo déficit em transações correntes. O instrumental permitiria delinear uma rota de retificação da taxa de câmbio para que ela propiciasse o equilíbrio das transações correntes. A conclusão é a de que a política econômica levou a taxa de câmbio a uma sobrevalorização de cerca de 37% em 1995, ceteris paribus as demais variáveis de política econômica. Portanto, optando-se por não promover a recessão interna e o desemprego para reduzir a demanda por importações, o real deveria ser desvalorizado em 37% para que se estabilizasse a dívida externa. Dadas as elasticidades estimadas, o trade-off seria um aumento, tipo “uma vez por todas”, de apenas 3% nos preços, mais do que compensado por um crescimento de 4,1% no pro[1]duto real. Observa-se, contudo, que está desvalorização seria “muito grande”, não podendo ser feita sem violar a condição ceteris paribus. O artigo sugere repensar a política econômica como um todo, mesmo porque a ruptura externa, também denominada “ataque especulativo”, era então inevitável.