CERRADOS DO BRASIL E DO NORDESTE: CONSIDERAÇÕES SOBRE OS FATORES ECOLÓGICOS ATUANTES, OCUPAÇÃO, CONSERVAÇÃO E FITODIVERSIDADE
DOI:
https://doi.org/10.61673/ren.1996.2121Palavras-chave:
Economia Ambiental, Cerrados, Biodiversidade, Fito diversidade, Desenvolvimento Sustentável, Brasil.Resumo
O presente artigo apresenta considerações sobre a distribuição dos cerrados os principais fatores ecológicos, flora e padrão florístico-bem como sobre sua situação atual em termos de ocupação e conservação. A flora lenhosa é pouco conhecida e os problemas taxonômicos são consideráveis, apesar do grande número de espécies (989 a 1.753). Uma flora total que tem uma estimativa de 7.000 espécies, contra 60.000 da Amazônia e 2.000 da Caatinga nordestina, não pode continuar a ser substituída sem adequadas estratégias de gerenciamento e sem nenhuma preocupação com sua preservação. Com o desconhecimento do fito diversidade, a implantação de modelos de desenvolvimento sustentável fica prejudicada, comprometendo assim qualquer plano governamental, principalmente no Nordeste, por possuir um dos mais importantes superlentos de biodiversidade dos cerrados do Brasil. Alteração de paisagens naturais para dar a impressão de utilização (em termos de produção) e descarte de madeiras sem valor comercial direto ou ainda desconhecido (porque são dispensáveis para a sobrevivência de outras que o possuem) são ideias totalmente equivocadas. Produção, hoje, deve incluir também manutenção da biodiversidade.