Presidente do Consad do BNB destaca inclusão social na transição energética durante a COP30

A presidente do Conselho de Administração (Consad) do Banco do Nordeste, Sávia Gavazza, participou, nesta terça-feira (11), do painel “Voices of Transitions”, realizado no âmbito da COP30, em Belém (PA). O evento discutiu a participação de mulheres, jovens e povos indígenas na transição energética, reunindo lideranças nacionais e internacionais comprometidas com uma mudança justa e inclusiva para economias de baixo carbono.
Durante sua intervenção, Sávia Gavazza destacou o protagonismo do Nordeste brasileiro na agenda da transição energética e ressaltou o papel estratégico BNB como instituição de fomento ao desenvolvimento sustentável e inclusivo da região.
“O Nordeste tem liderado a transição energética no Brasil, tanto pela força de seus recursos naturais quanto pela capacidade de inovação de sua gente. Mas essa transição precisa ser também socialmente justa, integrando mulheres, jovens e comunidades tradicionais às oportunidades que ela cria”, afirmou.
A presidente do Consad também mencionou o Programa Acredita no Primeiro Passo, iniciativa do Governo Federal voltada ao fortalecimento de populações mais vulneráveis, lembrando que o BNB é o maior financiador nacional do programa. Segundo ela, o público atendido pelo Acredita — composto majoritariamente por microempreendedores informais e beneficiários de programas sociais — deve ser parte central da estratégia de desenvolvimento sustentável do País.
“São milhões de pessoas que precisam ser incluídas nessa agenda de desenvolvimento e transição energética. A sustentabilidade verdadeira é aquela que gera renda, reduz desigualdades e amplia a participação social”, acrescentou.
Sávia Gavazza também ressaltou a relevância da Taxonomia Sustentável Brasileira, em fase de implementação pelo Governo Federal e pelo Banco Central. A ferramenta vai definir critérios padronizados para classificar atividades econômicas sustentáveis no País, servindo de referência para o mercado financeiro verde.
“O Banco do Nordeste deverá adotar a Taxonomia Sustentável como base para o financiamento de atividades alinhadas aos princípios ambientais, sociais e de governança. Isso vai fortalecer nossa capacidade de direcionar recursos a projetos que realmente contribuam para a transição energética e para o desenvolvimento sustentável do Nordeste”, afirmou.
O painel foi promovido pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e reuniu representantes de governos, bancos de desenvolvimento, organismos internacionais e organizações da sociedade civil.