EM TEMPOS DE SUDENE: OUVIDOS E OLVIDOS
DOI:
https://doi.org/10.61673/ren.1999.1967Palavras-chave:
Desequilíbrio Regional, Desenvolvimento Regional, GTDN, Crescimento Econômico, Políticas de Desenvolvimento, Industrialização, Desenvolvimento Rural, Nordeste, BrasilResumo
Enfoca marcos relativos ao encaminhamento da solução dos problemas regionais e às perspectivas atuais do Nordeste, do processo de formação da agência regional de desenvolvimento ao momento presente. Apresenta registro e análise de relevantes opiniões “ouvidas” e de relevantes questões olvidadas no decurso desse processo. Destaca o quadro do Nordeste e a malha de relações que o expunham a um crescimento econômico substancialmente inferior ao nacional. Complementando o exposto pelo Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do Nordeste – GTDN, deixa claro o mecanismo segundo o qual as forças de mercado, balizadas pelo modelo de desenvolvimento adotado pelo país, levavam a região a se tornar cada vez menos atrativa ao capital. Aponta os elementos essenciais da estratégia intencionada, inicialmente adotada, e das mudanças introduzidas. Registra os relativos ganhos da Região, qualificando-os. A industrialização conseguida, ressalta, é fundada em empresas filiais, fato pouco valorado nas atuais análises econômicas. O campo modernizou-se, comenta, ganhou certa resistência à seca, mas não foram explorados os potenciais das plantas xerófilas, nem de tecnologias agropastoris com as quais a Região teria maiores vantagens comparativas, com maior sustentabilidade. O quadro educacional desfavorável traz a perspectiva de novamente vir a crescer substancialmente menos que a média nacional.