Produtoras rurais empoderadas via Agroamigo do Banco do Nordeste
O Agroamigo, programa de microcrédito rural do Banco do Nordeste (BNB), encerrou 2023 com mais financiamentos a mulheres do que para homens pela primeira vez em seus 18 anos de história. No total, 51% dos contratos realizados foram voltados ao público feminino. Mais de 296 mil microempreendedoras rurais foram beneficiadas com crédito e orientação para desenvolver suas atividades e contribuir com o sustento da família, muitas vezes na condição de principais provedoras.
O montante destinado a elas totalizou R$ 2,8 bilhões, um aumento de quase R$ 1 bilhão na comparação com o ano anterior.
Para o presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, o incremento não é apenas numérico; é um reflexo do impacto positivo que as mulheres têm na transformação da realidade no meio rural. “As mulheres, com sua organização, sensibilidade e capacidade de absorver rapidamente novas tecnologias são empreendedoras versáteis e conscientes. Essa predominância no campo é uma transição positiva em um território que, por muito tempo, foi eminentemente masculino. As mulheres, além de atentas à adimplência, direcionam integralmente os recursos advindos de suas atividades para a melhoria da qualidade de vida de suas famílias”, observou o executivo.
Os resultados alcançados pelo Agroamigo em 2023 consolidam o crescimento do programa, voltado para fortalecer e estruturar pequenas atividades produtivas da agricultura familiar. O montante de R$ 5,6 bilhões financiados representa um aumento de 48,5% em relação a 2022, beneficiando mais de meio milhão de agricultores e agricultoras familiares.
O BNB responde por 95% do número de operações de crédito para a agricultura familiar nos nove estados do Nordeste e parte de Minas Gerais e do Espírito Santo. “Isso reforça nosso compromisso de promover o desenvolvimento sustentável por meio de iniciativas que impulsionam a economia local de maneira inclusiva”, finaliza o presidente do BNB.
No microcrédito urbano, o Crediamigo, a predominância feminina já está consolidada há anos e, atualmente, elas respondem por 68% dos contratos.