LÁCTEOS

v. 10, n. 396, Julho, 2025

Resumo

No primeiro semestre de 2025, a produção de leite no Nordeste avançou 10,36%, porém o déficit na balança comercial cresceu 52,80%, o volume exportado recuou 12,54% e alta nas importações de 51,99%, em comparação com o mesmo período de 2024. No Brasil, a produção de leite aumentou 3,35%, mas o faturamento com as exportações caiu 14,53% (US$ 45,85 milhões), elevando o déficit em 9,05%. O primeiro semestre de 2025 foi de melhor equilíbrio entre oferta/demanda, boas margens aos produtores e ganhos na produção. Porém, o segundo semestre poderá ser mais desafiador, marcado por altas na inflação com impacto sobre o consumo, além das instabilidades geopolíticas e o tarifaço norte-americano. Por outro lado, a supersafra de grãos, atrelada à redução nos custos de produção e à política de protecionismo ao dólar pelos americanos, podem reduzir as importações, melhorando a competitividade dos lácteos nacionais. Todavia, no Nordeste, o avanço nas margens ainda perpassa por muitos caminhos, altos custos de produção, baixo preço do leite pago ao produtor e a grande demanda insatisfeita, mantendo as importações em alta. A Região segue se especializando, expandido a produção e a produtividade, com estimativa de crescimento.